CRISIS
Duplo
Dúbio
Crisis tem ciúmes de Crisis
Quem é Crisis? Eu ou ela?
Crisis vive o dia a luz o sim
Crisis é a negação de Crisis, é a sombra o não
Crisis é violência é paixão
Ela mata sua duplicidade mas a sua dor não morre jamais
Duplo
Dúbio
Crisis não sabe o que é o vulto que mal percebe nem o sofrimento
Crisis é a tempestade na dupla vida de quem quer e não sabe o que quer
Crisis quer querer
Crisis quer saber
Crisis é dúbio
Crisis duplo nas sombras e na imensidão eterna
Ninguém conhece Crisis
Nem ela
Corre, Crisis, vai atrás das tuas visões e dos teus sonhos
Descobre a dualidade que destruiu Crisis
Remonta
Renasce
Dia após dia
Com suas asas quase iguais
Crisis tem ciúmes de Crisis
Crisis não sabe quem é Crisis
Uma sabe que a outra existe
Nada faz para confortá-la
Outra não sabe que a segunda existe
E a mata continuamente como se fosse a maior de suas inimigas
Crisis chora
Ela não me quer
Crisis não quer morrer
Mas Crisis quer matar Crisis
A tempestade faz Crisis correr sem olhar por onde avança
E Crisis bate de frente com Crisis
E Crisis choram
Choram as Crisis
O vulto o escuro a dor o sofrimento a clareza
Parceiras no destino e na Providência estendem suas nobrezas
Homem e super homem